No Mato Grosso, principal produtor nacional de soja, a colheita da variedade precoce começou no final de dezembro. O estado colheu, na temporada passada, 17,96 milhões de toneladas e para 2009/2010, a expectativa é de um aumento de aproximadamente 4% na produção (18,65 milhões de toneladas).
Á área plantada cresceu 5,3% no estado, ocupando principalmente espaço do algodão e do milho.
De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) os trabalhos no campo estão adiantados em relação ao ano passado.
Até a segunda semana de janeiro (15/1), 2,7% da área havia sido colhida, isto significa 165 mil hectares. Na safra anterior, neste mesmo período, a colheita chegou a 1,2% da área.
Vale ressaltar, no entanto, que os trabalhos ficaram mais lentos nos últimos dias devido às fortes chuvas. Em algumas regiões está difícil entrar com o maquinário.
As chuvas também têm chamado a atenção dos produtores para as doenças, como a ferrugem asiática.
Com o solo encharcado e a impossibilidade, em alguns casos, de aplicação de defensivos via terrestre, aviões agrícolas estão sendo utilizados. Essa alternativa aumenta os custos.
No Paraná, segundo maior produtor nacional, a produção de soja deve crescer 39%. O estado colheu, em 2008/2009, 9,50 milhões de toneladas e para 2009/2010 a expectativa é de 13 milhões de toneladas.
A colheita da soja começa em fevereiro no estado. Segundo números do Departamento de Economia Rural do Paraná (DERAL), 96% das lavouras estão em situação boa de desenvolvimento. O restante (4%) encontra-se em situação mediana.
No Rio Grande do Sul, as chuvas atrasaram o plantio. Até o dia 14/1, 3% da área não havia sido semeada (EMATER-RS). Apesar da expectativa de maior produção para esta safra (8 a 9 milhões de toneladas), é preciso avaliar os possíveis prejuízos causados pelo excesso de chuva nas últimas semanas.