Com a atenção voltada para as oscilações do câmbio e para o comportamento da Bolsa de Chicago (CBOT), o produtor está prospectando o mercado antes de vender.
Nos últimos dias, houve discreta valorização do dólar, principalmente em função dos desdobramentos da crise política, o que fez com que os vendedores negociassem poucos lotes, na esperança que as cotações melhorem.
Estima-se que cerca de 10 milhões de toneladas de soja ainda estejam com os agricultores, principalmente no Centro-Oeste e Sul do País. Se a estimativa de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de 50,2 mil toneladas estiver correta, 1/5 da produção ainda não foi comercializada.
Quanto as exportações, no primeiro semestre, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 10,6 milhões de toneladas, volume 1,5% menor que o observado no mesmo período de 2004. A China é a maior compradora, adquirindo 3,23 mil toneladas ou 30,47% do total.
MILHO
O Brasil realizou em junho a maior compra externa de milho de 2005.
Os números divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que o volume importado foi de 76,1 mil toneladas. As exportações permanecem quase estagnadas.
Considerando junho , a balança comercial do milho ficou deficitária em mais de 73 mil toneladas. Isso porque as exportações foram de apenas 3,0 mil toneladas.
De janeiro a junho o Brasil importou 262 mil toneladas, aumento de 82% em relação ao mesmo período de 2004. Os maiores fornecedores foram o Paraguai e a Argentina.
No mercado interno, os compradores de milho estão na espera. Mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar, o que modifica a equivalência de preços para o grão importado, existe pouca intenção de compra.