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Scot Consultoria

Mais recordes, menos renda


Sexta-feira, 29 de agosto de 2008 - 09h05

CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), divulgou dados da safra 2007/2008. Os números, como ocorre todo ano, impressionam. A área plantada se alterou levemente, com aumento de apenas 2,2%, enquanto o volume produzido cresceu quase 10%, totalizando 143 milhões de toneladas. A produção de milho foi a que mais chamou a atenção. O aumento próximo a 14% em volume, alcançando 58,5 milhões de toneladas, aproximou-se do total de 60,1 milhões de toneladas de soja. O aumento da produção de soja, em relação à safra passada, foi de apenas 2,9%. Minas Gerais se destaca na produção de milho, com uma produtividade de 5.445 kg/ha, um incremento de 66% em comparação à safra 2006/2007. Os números não revelam apenas a melhoria na eficiência produtiva, mas também a "estratégia" acertada do milho safrinha, sendo comercializado em um período de preços recordes no mercado internacional. O complexo soja também faz parte dos destaques do agronegócio. Apesar de registrar pouca variação em relação ao aumento no volume produzido, a reação nos preços fez com que o faturamento registrasse alta de 63,6% em relação à safra anterior. A soja representa hoje quase 51% do PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio. Outro setor do Agronegócio que bate recorde é o de insumos. Mas infelizmente, de forma "desconexa" em relação ao setor primário. Enquanto a variação acumulada do PIB do agronegócio para a produção primária, no período de janeiro a maio/08, aumentou 8,04%, o setor de insumos obteve crescimento de 10,37%. Sabe-se que além do aumento das vendas, esse crescimento se deve também ao aumento dos preços dos insumos, o que significa aumento de custo de produção. O exemplo mais claro da alta dos insumos é o fertilizante. Os preços dos principais adubos estão 112% acima daqueles registrados no início da safra no ano passado. Os preços do milho e da soja, no mesmo período, subiram em média 10% e 27% respectivamente. E ninguém sabe até quando os insumos continuarão em alta, apesar do movimento de recuperação dos preços agrícolas já ter perdido força. O dólar em alta, a desaceleração da inflação e a queda do petróleo derrubaram os preços das commodities agrícolas. Já os fertilizantes, que em muito dependem das cotações do petróleo, ainda não mostram sinais de queda.
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