Depois dos ganhos registrados na semana passada o mercado internacional da soja trabalhou menos aquecido nesta segunda semana de abril. As principais notícias vieram das previsões climáticas para as áreas produtoras nos Estados Unidos.
Segundo a meteorologia, os produtores norte-americanos do chamado cinturão do milho podem encontrar dificuldades e atrasos no plantio do cereal em função das previsões de frio e umidade na região.
Esta situação pode levar, em alguns casos, à mudança na intenção de plantio para a safra 2009/2010. A possibilidade de redução da área plantada de milho e o aumento na área de outras culturas, como a soja, provocaram forte pressão sobre os contratos futuros da oleaginosa, principalmente para os vencimentos de novembro/09 que dizem respeito a safra nova norte-americana que está em início de plantio.
Na bolsa de Chicago (CBOT, sigla em inglês), os contratos futuros da soja com vencimento em maio/09 fecharam cotados em US$9,94/bushel, já os contratos com vencimento para novembro/09 fecharam em US$9,12/bushel (6/04).
O preço do milho no mercado externo se mantém firme devido a perspectiva de menor área plantada nos EUA.
Bushel de soja=27,216kg
7º LEVANTAMENTO DE ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA
O 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira, divulgado no último dia 7 pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, apontou para um aumento de 0,4% na área plantada na safra 2008/09 em relação a safra anterior. O destaque foi o aumento nas áreas de arroz e feijão, principalmente no Centro-Sul do país.
Em termos de produção, as previsões do 6º levantamento foram reajustadas em 1,7%, o que significa 137,6 milhões de toneladas de grãos para a safra 2008/09, valor 4,5% menor que na safra 2007/2008 (144,1 milhões de toneladas). A menor produção em relação a safra passada se deve, principalmente, às quebras de safra do milho 1ª safra e da soja, por causa das condições adversas de clima.
MERCADO INTERNO
A comercialização de soja no país deu uma aquecida em função dos melhores preços pagos e também pela necessidade do produtor em fazer caixa para quitar dívidas. A crise financeira reduziu os financiamentos da atividade pelas empresas de insumos, tradings e etc., ou seja, o produtor teve que desembolsar mais recursos próprios.
Para o milho, as incertezas de preço no mercado acirraram a procura por contratos de opção da Conab, principalmente no Mato Grosso e em Goiás.