O último relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) forneceu dados sobre as condições das lavouras norte-americanas e a produção mundial de grãos.
O USDA estima que a safra norte-americana deve chegar a 77,7 milhões de toneladas, aumento de 2,2% em relação à estimativa realizada em agosto. A produtividade está estimada em 44,4 sacas por hectare, nada muito fora do esperado. As maiores alterações da safra foram em relação ao consumo.
O consumo deve subir 1,2%, de 79,3 milhões de toneladas para 80,3 milhões de toneladas. Na alimentação animal, a demanda deve aumentar, em função dos preços mais atraentes para os compradores.
Para o Brasil, o USDA relata redução na intenção de plantio de soja. A área plantada com soja deve ser de 22 milhões de hectares, recuo de 4%, depois de 5 anos com crescimento anual médio de 11%.
A produção brasileira, anteriormente estimada em 62 milhões de toneladas métricas, não deve ultrapassar 60 milhões. Reflexo da crise de preços.
MILHO
Em relação ao milho, os dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), para o mundo, contabilizam que a área plantada com o grão na próxima safra deve chegar a 144,08 milhões de hectares.
O Brasil deve abrigar a terceira maior área plantada. Deve ficar atrás apenas dos Estados Unidos e China. O milho nacional deverá ocupar cerca de 13 milhões de hectares, expansão de 11,2% diante dos dados da última safra. Nos Estados Unidos, a extensão de lavouras de milho deve ultrapassar 30 milhões de hectares, um aumento menor que 1% em relação à safra anterior. Na China, a área provavelmente deve alcançar 25 milhões de hectares, 2% maior que a safra 2004/05.
Em relação à produção, o USDA estima que devem ser colhidas no mundo, cerca de 663,5 milhões de toneladas métricas de milho. Recuo de 6,4% sobre a estimativa de safra 2004/05. O Brasil deve aumentar sua participação na produção mundial de milho. Os dados indicam um aumento de 23,9% na produção brasileira na safra 2005/06. Os Estados Unidos e a China devem produzir 10% e 2,3% menos, respectivamente.