Nos dois maiores estados produtores de milho safrinha, Mato Grosso e Paraná, os trabalhos no campo estão em um ritmo bom, em relação ao ano anterior.
De acordo com o último relatório de acompanhamento de colheita do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), até o final da terceira semana de junho, 12,1% da área plantada no estado havia sido colhida.
Em igual período de 2009, a colheita atingira 6% da área plantada.
A estiagem entre abril e maio (em algumas regiões ficou sem chover mais de vinte dias) refletiu nos índices de produtividade. Segundo o IMEA, a produtividade média no estado varia de 55 a 100 sacas por hectare.
No Paraná, os números do Departamento de Economia Rural (DERAL) apontam para 16% da área colhida.
As chuvas nas últimas semanas dificultaram os trabalhos no campo, mas como o tempo melhorou foi possível dar seqüência à colheita.
MERCADO DO MILHO
Depois da saca de milho bater na casa dos R$16,00 em São Paulo, os preços encontraram sustentação entre abril e maio diante das notícias de estiagem e ajuda do governo à comercialização do produto.
Em São Paulo, os negócios voltaram a ocorrer em até R$20,00/saca.
Entretanto, de lá para cá, os fundamentos falaram mais alto e as cotações caíram na maioria das praças.
A dificuldade na comercialização do grão é evidente. Inclusive, a demanda nos leilões do governo tem ficado abaixo do esperado.
O avanço da colheita da safrinha agrava a situação da armazenagem e acaba pressionado o produtor a vender.
O preço referência do milho no mercado físico paulista está entre R$17,00 e R$19,00/saca.
O índice ESALQ para o grão fechou em R$19,21 (22/6), desvalorização de 1% no acumulado de junho.