O volume de soja exportado de janeiro a agosto aumentou 6,3% em relação ao mesmo período de 2004.
Entretanto, o câmbio e a pressão negativa sobre os preços fizeram com que a receita diminuísse 11,9% no mesmo período.
Considerando apenas agosto, em 2005 o volume exportado foi cerca de 39,3% superior ao verificado em 2004, totalizando 2,78 milhões de toneladas.
Enquanto as exportações brasileiras do grão seguem um ritmo normal, apesar dos preços, as negociações no mercado doméstico continuam lentas. Os estoques continuam altos e os produtores negociando pouco, mesmo com a proximidade do próximo plantio e necessidade de capital.
Sendo assim, os preços estão estáveis na maioria das praças. Mas com a proximidade da colheita dos Estados Unidos e aumento da disponibilidade do grão, as cotações podem ser negativamente pressionadas na Bolsa de Chicago e, conseqüentemente, no mercado interno.
MILHO
Enquanto as exportações de soja atingem os patamares esperados, as vendas externas de milho estão praticamente estacionadas.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume de milho exportado em agosto foi de 154 toneladas, valor insignificante em relação às 410 mil toneladas vendidas no mesmo período de 2004.
Considerando os primeiros oito meses do ano, o volume exportado em 2005, 1,05 milhão de toneladas, está 74,6% menor que o total embarcado em 2004.
O principal entrave para as exportações são os preços domésticos, que estão mais atrativos que os conseguidos com a venda no mercado externo. O câmbio, mais uma vez, deixa os produtores em difícil situação em relação ao desempenho com as vendas externas.
Enquanto isso, apesar de existir um bom volume de milho armazenado, as importações aumentaram em 2005. No acumulado do ano, o Brasil importou 104% mais milho que no mesmo período de 2004, totalizando cerca de 348 mil toneladas.