A indústria de defensivos agrícolas registrou, em 2010, recorde nas vendas. De acordo com levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (SINDAG), o segmento faturou US$7,24 bilhões.
Este resultado foi 9% acima do registrado em 2009. O recorde até então havia sido em 2008, quando as indústrias comercializaram o equivalente a US$7,1 bilhões.
Com exceção dos acaricidas, cujas vendas encolheram 18% em 2010 frente a 2009, todos os demais setores apresentaram crescimento nas vendas. O faturamento com acaricidas foi de US$72 milhões.
Os fungicidas se destacaram, com aumento de 21% em comparação com 2009, totalizando US$ 2,17 bilhões. Com esse resultado, os fungicidas se igualaram em importância aos inseticidas, que registraram o mesmo volume de vendas, com crescimento de 9% sobre o ano anterior.
Os herbicidas se mantêm como maior segmento. Em 2010, as vendas subiram para US$ 2,53 bilhões. Apesar
disso, os valores estão abaixo do patamar de 2008, quando a receita com as vendas de herbicidas foi de US$ 3,2 bilhões.
O Brasil é o segundo maior mercado para defensivos agrícolas, atrás apenas dos Estados Unidos. Esta situação pode mudar ainda em 2011, com o Brasil assumindo a ponta neste mercado.
A área plantada de algodão, cultura onde a utilização de defensivos agrícolas é grande, aumentará 45% em 2010/2011.
De forma geral, o aumento na área plantada de grãos nos principais produtores mundiais em função da valorização agrícola deve aumentar a demanda por defensivos.
Do lado das importações, as compras brasileiras caíram ligeiramente. A queda foi de 0,1% em relação a 2009, totalizando 231,7 mil toneladas de produtos.
A China foi o principal país de origem dos defensivos que chegaram ao Brasil. O país respondeu por 19,7% das compras e superou a Argentina.
Os argentinos ficaram em segundo lugar, com uma fatia de 19,6% de tudo o que foi comprado.