O Brasil deverá colher na temporada 2009/2010 50,1 milhões de toneladas de milho (primeira e segunda safras).
A esse valor, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima um estoque de passagem de 11,2 milhões de toneladas.
Dessa forma, a oferta de milho deverá ser de 62,3 milhões de toneladas (considerando 950 mil toneladas importadas).
Este volume é 2,3% menor que o verificado em 2008/2009.
Por outro lado, o consumo pode aumentar. A retomada do crescimento de alguns setores, como o de aves e suínos, puxados pela demanda interna e mundial, deve movimentar um pouco mais o mercado.
A CONAB estima um consumo interno de 46,5 milhões de toneladas.
Ainda do lado da demanda, em 2010, a previsão é de que a exportação seja de 8 milhões de toneladas, valor próximo do esperado para 2009.
O mercado internacional é essencial para o escoamento da produção brasileira.
Neste ano, por exemplo, considerando os embarques até novembro (6,5 milhões de toneladas), as exportações absorveram 13% da produção, safra 2008/2009 (em torno de 50 milhões de toneladas).
Por fim, com uma demanda total estimada em 54,5 milhões de toneladas e uma oferta de 62,3 milhões de toneladas, teremos um estoque de 7,8 milhões de toneladas ao final de 2010.
Apesar da previsão de crescimento da demanda, o mercado deve seguir ofertado (figura 1). Vale destacar que foi justamente a baixa liquidez no mercado interno que derrubou as cotações do milho em 2009.