O governo anunciou nos últimos dias, em seu pacote de ajuda ao setor agrícola, que pretende retirar cerca de 4 milhões de toneladas de milho do mercado. O alívio será através de operações de Aquisições do Governo Federal (AGF), Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e Prêmio de Risco de Opção Privada (Prop).
A medida causou ligeira recuperação das cotações do milho, em algumas regiões, nos últimos dias. A diminuição do ritmo da colheita também ajudou. Mas esse não é um comportamento que possa ser considerado como tendência no mercado.
Os preços seguem baixos e a expectativa de produção brasileira, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) segue em aproximadamente 41 milhões de toneladas.
As cotações mais atrativas, para os que querem comprar o milho, favoreceram a retração das importações. Em relação ao mesmo período de 2005, houve recuo de 72,8% no total de milho importado. As exportações, mediante o câmbio desfavorável, também diminuíram. O volume vendido no
último mês foi 70% menor que o volume de março de 2005.
SOJA
Enquanto as exportações de milho diminuíram significativamente, as vendas externas da soja
aumentaram em comparação ao ano passado.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de soja de janeiro a março de 2006 foram 57,4% maiores que as registradas no mesmo período de 2005. Nos primeiros 3 meses desse ano as vendas externas totalizaram 4,1 milhões de toneladas.
Nesse período, a China foi a maior compradora do grão brasileiro, com 41,46% do mercado. Em seguida, vem a Holanda, que absorveu 9,10% do volume exportado no mesmo período. Outros grandes compradores foram a Espanha e a Alemanha, totalizando, juntas, negócios de quase 420 mil toneladas.
Em relação aos preços, há estabilidade. A ligeira alta nas cotações da Bolsa de Chicago (CBOT) foi anulada pelo aumento da oferta interna da soja, pelo avanço da colheita.
Para o curto prazo, mesmo com a dificuldade em cobrir os maior negociação da soja em decorrência da necessidade de fluxo de caixa dos agricultores e do alto custo de armazenagem. Não tem como escapar da venda dos estoques.