Scot Consultoria
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Exportação de gado vivo no Brasil

por Lincoln Bueno
Segunda-Feira, 04 de Março de 2024 - 11h00



Scot Consultoria: O que esperar para a exportação de bovinos em pé em 2024?



Lincoln Bueno: A exportação deve seguir forte, com excelente oferta de animais no mercado interno.



Scot Consultoria: Quais os principais destinos do gado exportado pelo Brasil? E quais os motivos desses países importarem o gado brasileiro?



Lincoln Bueno: Os principais destinos do gado brasileiro são o Egito, Iraque, Líbano, Turquia e Arábia Saudita. Esses países importam gado vivo devido às questões culturais, em que os animais são abatidos no destino, dentro das rígidas normas religiosas dessa cultura que possui o hábito de consumir carne fresca.



Scot Consultoria: Quais são os principais concorrentes brasileiros na exportação de bovinos?



Lincoln Bueno: Os principais concorrentes do Brasil no mercado de exportação de gado vivo são a Colômbia e a Austrália.



Scot Consultoria: Apesar de alguns ativistas serem contra a exportação de animais vivos, você acredita que o Brasil deve seguir aumentando a exportação de bovinos em pé? Ou acredita que, a curto/médio/longo prazos, deve haver alguma proibição?



Lincoln Bueno: Não acredito em proibição, pois todos os cuidados, tanto sanitários como os de bem-estar animal, são observados nos estabelecimentos de pré-embarque, controlados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e nos navios, observando espaços adequados para os animais, fornecimento regular de água e alimentação.



Scot Consultoria: Quais são as principais regulamentações quanto ao bem-estar animal na exportação de bovinos?



Lincoln Bueno: As principais regulamentações sobre o comércio internacional de bois vivos são os da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os quais o MAPA exige e fiscaliza sua aplicação.



Scot Consultoria: Quais as principais vantagens da exportação de gado para o produtor?



Lincoln Bueno: A principal vantagem para o produtor é a alternativa excepcional para vender os seus animais sem passar pelos frigoríficos, sendo que, quase sempre, os preços são superiores aos do mercado interno. Outra vantagem é que se atinge mercados que quase nada compram de carne bovina, somente bois vivos, como a Turquia e o Iraque.



A exportação de bois vivos atinge nichos importantes de mercados não atendidos pelas indústrias frigorificas, pelas suas exigências de preceitos religiosos no abate e o costume de consumir carne fresca.