A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) concedeu novamente o certificado de país livre de aftosa com vacinação ao Paraguai, condição que o país havia adquirido em janeiro do ano passado.
A revalidação do certificado teoricamente desmistifica a crença, não assumida oficialmente, mas difundida entre pecuaristas e associações de produtores brasileiros e argentinos, de que o país vizinho teria sido o responsável pelo ressurgimento da aftosa em seus territórios.
Brasil e Argentina tiveram casos da doença a partir de outubro do ano passado. Os focos de aftosa surgidos no Mato Grosso do Sul - e depois estendidos ao Paraná, que ainda contesta a contaminação de seu rebanho - estavam próximos à fronteira com o Paraguai, onde o trânsito de animais ocorre sob controle deficiente.
Essa deficiência poderá ser superada com o monitoramento via satélite do rebanho numa faixa de 10 quilômetros da fronteira, sistema que está sendo instalado sob supervisão do Ministério da Agricultura.
A confirmação da ausência da aftosa em território paraguaio foi feita durante a assembléia anual da OIE, que se realiza em Paris. O organismo internacional também concedeu ao Paraguai o status provisório de país livre da encefalopatia espongiforme bovina, o "mal da vaca louca".
Fonte: O Estado de São Paulo. Caderno de Economia. 25 de maio de 2006.