Os pecuaristas argentinos enfrentam o governo para exigir o fim das restrições às exportações de carne e redução de impostos, considerados extorsivos. O governo suspendeu quase que na totalidade as exportações de carne bovina em função do expressivo aumento de preços no mercado interno, que estava causando inflação.
De acordo com o jornal o Estado de São Paulo, a paralisação dos pecuaristas foi a maior desde 1975, quando houve manifestação contra a política econômica do país.
Ontem, 24 de julho, para amenizar os protestos, o governo anunciou um Plano Agropecuário, que inclui fornecimento de crédito de US$100 milhões para serem distribuídos nos próximos quatro anos. O governo espera que a produção de carne aumente cerca de 20%, para conter a demanda interna e externa.
Há poucas semanas, o governo retirou parte das restrições às exportações. Entretanto, as conseqüências já haviam tomado rumo. A carne argentina perdeu mercados reconquistados arduamente após a ocorrência da aftosa no país em 2000 e 2003.
A sustentação da paralisação dos pecuaristas fez com que os preços do boi gordo subissem 15% em um dia.
Existe a possibilidade da manifestação acabar ainda hoje, mas vai depender do contentamento dos pecuaristas frente às propostas do governo argentino. (MGT)