A dificuldade para a carne bovina brasileira alcançar o prato dos europeus é grande, tendo que enfrentar barreiras tarifárias e não tarifárias.
Quanto às restrições tarifárias, a alta taxação na importação de carne fora das cotas previamente estabelecidas (Hilton e Gatt) resulta na perda de competitividade da carne brasileira no mercado europeu.
Como o custo de produção brasileiro é baixo, apesar dessa taxação o preço final não deixa de ser atrativo, mas nossa carne poderia abocanhar uma fatia maior do mercado europeu.
As barreiras não-tarifárias, como as restrições impostas à exportação brasileira de carne bovina dos Estados acometidos com a febre aftosa e seus vizinhos, aumentam as dificuldades.
Por essas e outras a Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne – fez o pedido de se intensificar os acordos bilaterais entre Mercosul e União Européia.
O anúncio foi feito durante a Sial 2006, maior feira mundial de alimentos, que está em andamento em Paris, França.
Segundo o presidente da Abiec, enquanto o Brasil aumentou as exportações em 26%, no comparativo entre 2005 e 2004, para a UE o aumento foi de apenas 12%, comparando janeiro a setembro de 2006 com o mesmo período de 2005.
A queda de algumas restrições permitiria ao Brasil aumentar sua parcela no mercado europeu – bom para nós – e aos europeus pagar menos pela carne bovina – bom para eles. (LMA)