Qualidade de pastagens e demanda no mercado externo elevaram preço da arroba
A terceira semana de abril começou com uma ligeira queda na cotação do boi gordo, com o aumento da oferta de animais para o abate, ampliando a escala de abate dos frigoríficos para quatro dias.
Para o zootecnista Ricardo Viana Lopes, da Scot Consultoria, a proximidade da entressafra e a redução de chuvas nas regiões pecuárias como o Centro-Sul são alguns fatores que pesam na decisão de comercializar o rebanho.
“Os contratos curtos, com vencimento para abril ou maio, tiveram uma pequena recuada, mas o mercado registra uma tendência de alta, já que ontem (13) os contratos voltaram a subir na BM&F Bovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias & Futuro)”, analisa Lopes.
O consultor da Scot lembra que um dos fatores determinantes para a demora na “desova” do boi gordo é o bom nível apresentado pelas pastagens, além disso o mercado está aquecido, graças aos novos dados das exportações.
Pará em alta
Mesmo com a redução das chuvas na região Norte do País, que dificultava o embarque de animais, o aumento na oferta de bois para o abate ainda não se confirma, obrigando os frigoríficos a pagar mais pela arroba, na tentativa de cumprir as escalas de abate.
A valorização do rebanho paraense acompanha o aumento das cotações dos principais pólos de abate, como São Paulo e Mato Grosso. Mesmo assim, a arroba do boi gordo paraense esta valendo -10,37% que a arroba paulista.
Fonte: Campo News. Por Bruno Salles. 14 de abril de 2010.