A falta de crédito é o que mais preocupa o campo neste momento, diz Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras. “O plano de safra prevê R$45 bilhões em financiamentos oficiais. Numa estimativa conservadora, pelo menos a mesma quantia vem do mercado. Essa fonte vem encurtando”, afirma.
“Ao menos o governo tem dado sinais de estar atento”, diz Pedro de Camargo Neto, da Abipecs, associação de exportadores de carne suína.
“É complicado plantar com o dólar acima de R$2,00 e colher com R$1,80 (patamar que a Tendências espera para o fim do primeiro trimestre, quando se intensifica a comercialização da nova safra de verão)”, diz Amaryllis Romano, economista da consultoria. “Usinas também têm dificuldades para renovar crédito”, diz Marcos Escobar, da FCStone.
O dólar acima de R$2,00 deu mais competitividade à pecuária, diz Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria. O preço da arroba do boi, que chegou a US$59,00, voltou a US$45,00, valor semelhante ao de Uruguai e Paraguai. (GF)
Fonte: Folha de São Paulo. Dinheiro. 7 de outubro de 2008.