Ainda que tenha sido relativamente limitada, as recentes quedas nos preços médios dos fertilizantes comercializados no país colaboraram para atrair os agricultores às compras em janeiro.
Segundo informou o Ministério da Agricultura, cálculos apresentados na Câmara Temática de Insumos Agropecuários na segunda-feira indicam um recuo de 15% no mês passado em relação a dezembro. A baixa foi puxada pelas matérias-primas derivadas do fosfato e do nitrogênio, e não foi maior pela resistência dos derivados de potássio. O trio (fosfato, nitrogênio e potássio) é básico para os adubos.
Levantamento da Scot Consultoria divulgado ontem mostra que o nutriente conhecido como superfosfato simples já caiu mais de 50% desde outubro de 2008. De janeiro para fevereiro houve baixa de 14%, e hoje o produto é encontrado por R$430 a tonelada. No caso do cloreto de potássio, contudo, a oferta global está restrita - o Brasil importa 90% do que consome -, os preços seguem em alta e atingiram os maiores patamares da história: R$1,7 mil a tonelada.
Mantida a tendência geral de queda, a receita total obtida com as vendas tende a cair em 2009 mesmo em caso de alta das vendas em volume. Cálculos do setor indicam um faturamento recorde de R$26 bilhões no ano passado, ante R$17 bilhões em 2007.
Fonte: Jornal Valor Econômico. Agronegócios. 18 de fevereiro de 2009.