Segunda-feira de poucos negócios no mercado do boi gordo. Ainda assim, a pressão altista prossegue diante da falta de animais para abate, das escalas de abate curtas e damanda por carnes sustentada.
De acordo com o analista da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, a necessidade por compra de bois por parte dos frigoríficos aumenta a cada dia. “Quem não conseguir fazer negócio hoje, vai ter que abrir a quarta-feira com uma necessidade de compra bem maior, possivelmente com preços maiores para agilizar o processo de compra de matéria-prima”, comenta.
Em São Paulo, hoje a arroba é negociada a R$105 a R$106, à vista e de R$107 a R$108, a prazo, variando de acordo com a necessidade dos frigoríficos. Negócios abaixo desses valores dificilmente acontecem. As escalas de abate atendem em média de 2 a 3 dias no estado.
As praças vizinhas também puxam altas. Em Mato Grosso do Sul, os negócios já acontecem ao redor do R$98/@, à vista. De acordo com o analista, além da pressão de compra por parte de indústrias locais, a demanda dos frigoríficos paulistas impulsiona as altas do preço na região. Mesmo assim, há dificuldade nas compras até em regiões pouco mais ofertadas, como é o caso do estado. “O pasto ainda não está em volume para terminar animal e o confinamento está praticamente do fim”, ressalta.
A demanda aquecida deve se confirmar pelas próximas semanas, o que deve deixar o cenário firme para os preços.
Fonte: Notícias Agrícolas. 14 de novembro de 2011.