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2005 acabou!

por Otaliz
Terça-feira, 27 de dezembro de 2005 -15h50
  • E o ano de 2005 acabou. Aconteceram tantas coisas... tantas...

    - As expectativas decorrentes da ascensão de um governo com fortes tendências socialistas, foram completamente frustradas. O capitalismo com todas as suas mazelas continuou sendo o pano de fundo das ações governamentais, com as mesmas conseqüências de sempre – de um lado o setor bancário cada vez mais “gordo”; de outro, desemprego, exclusão, marginalização, insegurança e violência. Mas a economia cresceu! Bem como a concentração do capital na mão de poucos. E mais uma vez se confirma – crescimento econômico não implica necessariamente em desenvolvimento. Para que este ocorra seriam necessárias profundas reformas na estrutura da sociedade de modo que cada vez mais, parcelas crescentes da população tenham acesso à educação, saúde, alimentação e recursos para a aquisição dos bens materiais necessários. E isto, lamentavelmente não ocorreu em 2005.

    - A falta de ética e a corrupção continuaram sendo a tônica no meio político-partidário brasileiro. E isto não é característica deste ou daquele partido. Pelo contrário, são práticas generalizadas que estão beirando a banalização – já não surpreendem mais ninguém! Fica a impressão de que a falta de ética e a corrupção estão irremediavelmente incrustados na cultura e na política nacional. As CPIs serviram mais como instrumentos de ataque e defesa para meras disputas interpartidárias, retardando de forma acintosa a discussão e votação de importantes projetos para a sociedade. Quanto a resultados práticos e efetivos no sentido da moralização da política brasileira, quase nada. E tudo isso, lamentavelmente, aconteceu em 2005.

    - O agronegócio brasileiro continuou crescendo em 2005, gerando riquezas para o país e para os diferentes elos das cadeias agroindustriais. No entanto, é forçoso reconhecer que a riqueza gerada pelo crescimento do agronegócio não está sendo distribuída de forma harmônica entre os diferentes elos que constituem essas cadeias. De fato, enquanto alguns setores estão em fase crescente de acumulação de capital, como é o caso dos setores de insumos, máquinas e equipamentos, fortemente oligopolizados, o elo representado pela produção, mais particularmente pelas médias e pequenas empresas rurais, não está se beneficiando adequadamente desse enriquecimento. Pelo contrário, é notório o crescente processo de descapitalização dessas empresas. Os custos de produção sobem em velocidade vertiginosa enquanto os preços pagos pelos produtos primários se mantêm estacionários. Os movimentos de protestos das classes produtoras nas manifestações públicas em diferentes regiões do país foram intensos, mas inócuos.

    - As universidades/faculdades de ciências rurais continuaram graduando profissionais sem nenhum comprometimento com as reais necessidades do meio rural. Não avaliaram e nem modificaram seus métodos pedagógicos que, segundo Polan Lacki, “se caracterizam por promover uma oferta profissional inadequada para uma demanda rural insatisfeita, gastando parte de seus recursos para a formação de desempregados.”

    APESAR DE TUDO...

  • Mas, apesar de tudo, continuamos sendo um povo pacífico, simpático, sorridente, afável, esperançoso e feliz! Parafraseando Euclides da Cunha, podemos dizer que “o brasileiro é, antes de tudo, um forte!“

  • Olhemos para 2006 com esperanças. Certamente será um ano melhor!

  • Um grande abraço, um feliz natal e um ano novo cheio de realizações para os leitores, para a minha “tribo” de Bebedouro e... para todos os brasileiros.