O Brasil está cada vez mais firme no mercado internacional de milho, principalmente após os Estados Unidos destinarem uma boa parte de sua produção para a fabricação de etanol e também porque este ano a safra foi menor que o esperado. No quadro a seguir pode ser vista a quantidade exportada no período de janeiro a setembro e o total alcançado nos anos anteriores.
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O principal destino para o milho brasileiro é o Irã, com importações de 1,3 milhão de toneladas (t), seguido do Japão com 582,1 mil t, Argélia com 509,1 mil t, Holanda 423,5 mil t e Espanha, 401,9 mil t. Diferente de outras commodities, a China não tem sido uma grande compradora, atingindo somente neste ano 20,1 mil t e a maior parte das suas necessidades de importação ainda é atendida pelos Estados Unidos. Além de um grande esforço para aumentar a sua própria produção, intensificando o uso de fertilizantes nas lavouras.
Os embarques ocorrem principalmente pelo porto de Santos, com 3.320,6 milhões de t, seguido de Paranaguá com 1.606,3 milhões de t, e depois Vitória com 512,1milhões de t.
Esta situação conquistada pelo Brasil precisará ser mantida, ou mesmo aumentada para garantir a comercialização de safras cada vez maiores, obtidas pela melhoria do padrão tecnológico da nossa agricultura.
Nitrogênio
A ureia segue em um caminho com lombadas, com pequenas variações de preços todas as semanas após atingir um valor pouco superior a US$500,00/t para as vendas ao Brasil.
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Entretanto, estas variações não estão conseguindo obter um novo patamar de preços, devem continuar a flutuar nestes mesmos patamares e sustentados pelas grandes compras da Índia e Paquistão. O gráfico a seguir mostra o comportamento dos preços nos últimos três meses. Esta variação indica que importadores podem ter custos diferentes da ordem de US$20,00/t.
Fosfatados
O mercado brasileiro está bem abastecido de fosfatados, isso contribui para diminuir a demanda neste momento. Assim, pode ser esperada uma pequena redução nos preços, com o principal produtor mundial, OCP no Marrocos sinalizando com preços de US$20,00 a US$25,00, mais baixos para as vendas de outubro.
Potássio
Apesar de anunciado um novo preço para o cloreto de potássio, ainda não se confirmaram novas vendas no novo patamar pretendido, com a BPC não efetuando nenhuma nova venda em outubro no valor pretendido de US$580,00/t. Da mesma forma que nos fosfatados, o mercado brasileiro está bem abastecido e com quantidades elevadas ainda à descarregar e, com isso, novas compras não se concretizam. Provavelmente as férias dos
traders poderão ser antecipadas este ano.
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Como pode ser visto no quadro acima, os valores indicados no mercado internacional estão no mesmo patamar há várias semanas.