Com a proximidade do final do ano, a maioria dos participantes está mais preocupada em fazer planejamentos para 2012 do que em operar, e como era esperado, o volume de negócios tanto no mercado físico como no mercado futuro têm diminuído sensivelmente.
Dezembro foi decepcionante em termos de consumo e os preços pagos ao produtor acompanharam a tendência, recuando 4%.
Com a proximidade do final do ano, a pressão vendedora diminuiu bastante e o consumo, sobretudo de traseiro, vem mostrando uma sensível melhora (no atacado com osso), conforme era esperado, refletindo em alta de preços.
Com os grandes frigoríficos escalados praticamente para o final do ano, existe parte dos frigoríficos menores com maior apetite para compra, o que até o momento foi suficiente para colocar um piso nos preços ao redor de R$98,00/@, à vista, livre de imposto, em São Paulo.
Essa situação de mercado ganhando sustentação nos últimos 10 dias do ano é bastante comum, e nos últimos 11 anos a média de alta neste período foi de 1,40%.
Como pode ser observado na tabela 1, em nenhuma ocasião nesse período houve queda maior do que 0,52%. Mesmo se desconsiderarmos o ano de 2011 que teve uma alta atípica, ela ainda fica positiva em 0,75%.
Este é o cenário que o mercado futuro vem precificando para o final de 2011, uma leve alta de preços, sem nenhuma grande surpresa, cenário este que até o momento vem ganhando subsídio pelo comportamento dos preços no mercado físico.
Para 2012, o cenário é de certa melhora, com os preços se recuperando das mínimas, porém, a precificação ainda reflete preços nominais abaixo dos praticados em 2011.
Com o mercado futuro precificando 2012 em patamares muito próximos do custo de produção, resta saber qual será a atitude dos produtores na safra, onde a capacidade de retenção dos estoques aumenta substancialmente. A evolução dos preços da reposição terá papel fundamental para o cenário de preços de 2012.