A produção de grãos no Brasil, considerando soja, milho, trigo, arroz e feijão, deverá passar das atuais 153,3 milhões de toneladas para 185,6 milhões em 2021/22. Isso indica um acréscimo de 32,3 milhões de toneladas à produção atual do país. Os dados são do estudo "Brasil - Projeções do Agronegócio 2011/12 a 2020/21", elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Segundo o documento, o Brasil é um dos poucos países do mundo que pode ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade e mantendo a salvo suas reservas naturais. As estimativas indicam que entre 2012 e 2022 o cultivo de arroz, feijão, milho, soja em grão e trigo deverá aumentar em 21%, com expansão de 9% da área plantada.
"Essa projeção mostra um exemplo típico de crescimento com base na produtividade", justificou o coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Mapa, José Garcia Gasques. O estudo do ministério aposta em um cenário possível, levando-se em conta o uso da pesquisa e da tecnologia.
De acordo com o relatório, a expansão de área de soja e cana-de-açúcar deverá ocorrer pela incorporação de áreas novas e também por outras lavouras que deverão ceder área. Juntas, soja e cana-de-açúcar devem se expandir em 7 milhões de hectares nos próximos 10 anos.
O milho deve ter uma expansão de área por volta de 600 mil hectares e as demais lavouras analisadas mantém-se praticamente sem alteração ou perdem área, como o arroz, a mandioca, trigo e feijão. Como o milho é uma atividade com elevado potencial de produtividade, o aumento de produção projetado decorre principalmente por meio de ganhos de produtividade.
Fonte: Sou Agro. Pela Redação. 14 de junho de 2012.