Empresários do Mato Grosso do Sul e outros estados brasileiros frequentemente visitam o Amapá para conhecer a realidade do agronegócio local.
As potencialidades agrícolas têm chamado à atenção de investidores interessados em se estabelecer no estado.
Um dos fatores que contribuem para o interesse em investir no setor agrícola da região é a projeção recente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que colocou o Amapá entre os estados, onde a produção de grãos deverá se expandir na próxima década.
O estudo "Projeções do Agronegócio 2011/2012 a 2020/2021" prevê que nesse período, o aumento médio na produção de grãos será de 45% em municípios do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Amapá.
Esse índice representa mais do que o dobro previsto para o crescimento da colheita nacional, que deve ser de 20%.
As áreas ocupadas nesses estados têm algumas características essenciais para a agricultura moderna. São planas e extensas, com solos potencialmente produtivos, disponibilidade de água e clima propício, com dias longos e elevada insolação.
Além disso, os preços das terras nessas áreas, apesar de estar em franca elevação, ainda são relativamente mais baixos do que os de outras regiões agrícolas do país.
Fazendas com boa aptidão agrícola custam de R$300,00 a R$1.500,00 por hectare dependendo do nível de documentação da área.
A limitação maior são as precárias condições de logística, especialmente transporte terrestre, infraestrutura portuária, comunicação e, em algumas áreas, a ausência de serviços financeiros.
No Amapá, as condições das estradas no interior para o escoamento da produção continuam precárias.
Os empresários observaram que no Amapá, é possível colher safras duas vezes ao ano. Para isso, é necessário investir em galpões na capital Macapá e no interior para o armazenamento da produção agrícola.
As lavouras acima se encontram com excelente logística o que é diferente da grande maioria da área agrícola do estado.
Para desenvolver o agronegócio na região é preciso resolver o repasse de terras da União para o estado. A tão famosa questão fundiária.
Também é necessário concluir o processo de concessão do Porto de Santana para o controle do governo do Amapá, sob a justificativa de que, entre outras ações, isto possibilitará o escoamento da produção agrícola para outras regiões.
Os empresários sinalizaram que retornarão ao estado para investir na agricultura local, assim que os entraves para o desenvolvimento do agronegócio forem resolvidos.