O Brasil, nos últimos anos, apresentou crescimento significativo das exportações de gado em pé para engorda. De modo geral, o gado sai daqui e chega direto no confinamento no país de destino, onde deve ser terminado e em seguida segue para o abate.
Origem
O principal Estado de saída é o Pará, com embarque de 92,8% de todo o gado vivo exportado pelo País entre janeiro e julho de 2007. Rio Grande do Sul fica em segundo, com 5,3% do total, e Amapá foi responsável pelo 1,9% restante.
A escassez de oferta limitou os embarques no Sul e nota-se um movimento semelhante no Pará, onde indústrias, preocupadas com o desabastecimento, tentam dificultar o carregamento dos navios.
Apesar das dificuldades, as exportações entre janeiro e julho de 2007 superaram em 8,9% o volume observado no mesmo período de 2006. Em faturamento a alta foi ainda mais expressiva, de 76,2%, resultado do aumento no preço médio do animal exportado.
Destino
O Líbano foi o principal importador de gado para engorda do Brasil nos últimos anos. Em 2007, o Líbano representou 65% das exportações de gado em pé, com a compra de 115,6 mil bovinos. Em segundo lugar fica a Venezuela, com a importação de 62,2 mil bovinos, ou 35% do total.
Diante do crescimento no consumo de carne bovina dos venezuelanos, sobretudo pela população de baixa renda, onde o consumo passou de 4 kg
per capita, em 2000, para 14 kg atualmente, o governo da Venezuela iniciou a importação de gado vivo do Brasil, mas objetiva também o investimento na produção local. (LMA)