Pode parecer um pouco fora de propósito falar nas FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, ausente das manchetes jornalísticas e, tudo indica, em busca de um acordo com o governo do país.
O fato é que o nosso "embaixador" credenciado junto às FARC, o famigerado Marco Aurélio Garcia, já embarcou para a Venezuela com o objetivo explícito de levar o suporte do governo brasileiro à Venezuela, desde que chavista. Garcia não é um diplomata de carreira e o objetivo de suas missões externas, percebíveis a olho nu, é sempre o de apoiar ditadores populares - quer dizer, ocupantes de cargos presidenciais que fazem da demagogia e da corte ao socialismo seu principal instrumento de ação.
O que importa formalmente ao país é o respeito às regras do jogo, desde que estas favoreçam aos demagogos instalados no poder. O que o governo brasileiro deseja é manter Chávez no poder. Mesmo sem Chávez.
Na vizinha Colômbia, as missões de Garcia sempre foram as de facilitar a vida das FARC e, por fim, tentar reduzir suas perdas. Em nome de uma confusa solidariedade aos hermanos, Marco Aurélio já defendeu a permanência no Brasil de guerrilheiros das FARC e negou abrigo a dois boxeadores cubanos, entregando-os a FIDEL em voo pago por Chávez.
Por Arthur Chagas Diniz