As fêmeas têm tido papel crucial na manutenção da oferta de animais para abate nas últimas semanas. Os frigoríficos, com margens de comercialização historicamente boas, buscam manter os abates em alta.
Por outro lado, as pastagens permitem que o pecuarista retenha os animais, que ganham peso enquanto o produtor aguarda preços melhores.
Nesta análise, calculamos a distribuição média dos abates em cada mês, no período entre 2001 e 2011. O último ano não foi utilizado, pois os dados do último trimestre não estão disponíveis. Veja a figura 1.
Em relação aos abates inspecionados de machos, outubro é o mês com maior participação no período. Em média, 9,1% do total anual.
Para as fêmeas, o mês com maior participação é março, com 9,1% do volume anual. O abate das fêmeas que não emprenharam na estação de monta é uma das causas desta concentração.
Entre fevereiro e março normalmente ocorre aumento nos abates de fêmeas e machos, mas o aumento para machos é maior, o que diminui a participação de fêmeas nos abates totais. Veja a figura 2.
Em março, as fêmeas participam, em média, com 41,2% dos abates formais. A maior participação é a de fevereiro, com 41,4% dos abates compostos por fêmeas.
No segundo semestre as fêmeas têm menor expressividade nos abates. Isto de deve, em boa medida, ao aumento da oferta de animais confinados, geralmente machos, no período.
A partir de novembro e dezembro, com a retomada da disponibilidade de pastagens, a oferta de machos e fêmeas fica mais equilibrada.
Portanto, para março espera-se que haja aumento na oferta de animais terminados.
A oferta de fêmeas tende a aumentar, mas com participação relativa menor.