EUA reveem posição brasileira na carne bovina

A participação brasileira no comércio mundial de carne bovina não é tão ruim como previa o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no segundo semestre do ano passado.

A revisão é do próprio USDA e consta em relatório de quinta-feira (18/4). Em outubro de 2012, os EUA previam que a Índia teria 24,0% do mercado mundial neste ano. Ao Brasil, até então líder, caberia 16,0%.

Os novos números têm mudanças drásticas. A Índia não deverá exportar 2,20 milhões de toneladas de carne bovina neste ano, mas apenas 1,70 milhão. Com isso, a participação dos indianos no comércio mundial será de 19,0%.

Já o Brasil, cujas vendas estavam previstas em 1,45 milhão de toneladas, deverá exportar 1,60 milhão de toneladas, garantindo 19,0% do mercado mundial. A Austrália se manterá em terceiro lugar, com 1,50 milhão de toneladas, seguida dos EUA, que exportarão 1,10 milhão.

Os dados se referem a peso equivalente carcaça, ou seja, carne com osso. O mercado se utiliza desse padrão para ter um mesmo parâmetro para as diferentes formas de carne exportada.

Para transformar a carne desossada em volume equivalente ao de carne com osso, por exemplo, multiplica-se o peso da primeira por 1,47.

A produção mundial de carne bovina sobe 0,5% neste ano, para 57,50 milhões de toneladas, para um consumo de 56,00 milhões de toneladas.

Já a produção de aves cresce 2,0%, atingindo 90,00 milhões de toneladas, enquanto a de suínos vai a 107,40 milhões, com avanço de 1,8%. O consumo mundial de carnes de aves e suína fica em 88,40 milhões de toneladas e 107,00 milhões, respectivamente.

Os dados do USDA apontam um comércio mundial de 8,60 milhões de toneladas de carne bovina, 6,0% mais do que em 2012.

O Brasil exportará 620,00 mil toneladas de carne suína equivalente carcaça, ocupando a quarta posição mundial. No caso do frango, o país mantém a liderança mundial com 3,60 milhões de toneladas, segundo o USDA.

A produção mundial de carnes --aves, suína e bovina-- atingirá 255,00 milhões de toneladas neste ano, 1,6% mais do que em 2012.

No mesmo período, o consumo sobe para 251,40 milhões de toneladas, 1,8% mais do que no ano anterior.

Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 19 de abril de 2013.