Para esta análise, consideramos o Índice Scot de Custo de Produção da Pecuária de Corte.
Tomamos como base 100 agosto de 1994, para identificar o comportamento dos custos de produção da pecuária de corte de alta tecnologia (AT) e pecuária de corte de baixa tecnologia (BT), até abril de 2013.
As evoluções da inflação e da cotação da arroba do boi gordo em Barretos-SP também foram levadas em conta.
Veja a figura 1.
Os custos de produção subiram mais que a inflação em praticamente todo o período analisado. O oposto vale para a cotação da arroba do boi gordo.
Os custos da pecuária de corte (BT) e pecuária de corte (AT), subiram 107,2% e 96,9%, respectivamente, desde abril de 2003, enquanto o a arroba do boi gordo subiu 83,1%.
Na figura 2, pode-se observar a variação dos custos com os alimentos concentrados energéticos e do preço da arroba do boi gordo, desde agosto de 1994.
Os custos com alimentação energética subiram 2.167,4% no período, enquanto a arroba do boi gordo subiu 327,0%.
Considerações finais
O ganho em escala é um caminho para aumentar o lucro do empreendimento, já que o cenário é de custo por unidade produzida cada vez maior, se mantida a produtividade.
Para 2013, o cenário com relação aos custos com os alimentos concentrados deve ser mais tranquilo para o pecuarista, com a previsão de safra recorde no Brasil, e a previsão de safra boa nos Estados Unidos.
Estes fatores colaboraram, por exemplo, para a queda nos preços do milho e da soja, que em São Paulo, ficaram 27,5% e 25,7% mais baratos, respectivamente, desde o início do ano.
Mas ainda é cedo para dizer que este será o cenário até final do ano, há notícias de atraso no plantio do milho nos Estados Unidos.
Para o mercado do boi gordo, a expectativa é de que seja mais um ano de oferta capaz de segurar os preços, em termos reais.