A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, no dia 9 de maio, o oitavo levantamento da safra brasileira de grãos 2012/2013.
Com a colheita da soja brasileira na reta final, os números referentes à safra caminham para a consolidação.
A Conab estima uma produção de 81,51 milhões de toneladas de soja em 2012/2013.
Lembrando que no relatório de fevereiro a estimativa de safra era de 83,43 milhões de toneladas, portanto, uma queda de lá para cá. Em 2011/2012 foram colhidas 66,38 milhões de toneladas do grão.
Para o milho, a estimativa de produção, tanto para a primeira, quanto na segunda safra, subiu.
Deverão ser colhidas 77,99 milhões de toneladas em 2012/2013, sendo 34,81 milhões na primeira safra e 43,18 milhões na segunda safra.
O volume previsto é recorde. A safrinha deverá ser a maior da história.
Com o ajuste na produção, os estoques finais de milho foram revisados para cima. Estão previstos estoques de 17,11 milhões de toneladas no final de 2013.
No relatório de abril, a Conab estimara os estoques em 16,56 milhões de toneladas, 182,6% maiores que os de 2012.
Este cenário de maior oferta explica a queda de preços vigente.
Porém, é preciso ficar atento ao clima e ao desenrolar do plantio do grão nos Estados Unidos, onde o clima adverso está atrasando os trabalhos.
USDA
No relatório de oferta e demanda mundial de milho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou os números referentes à safra norte-americana 2013/2014.
A produção de milho está estimada em 359,17 milhões de toneladas no país, frente as 273,83 milhões de toneladas colhidas na última temporada.
O milho está em fase de plantio, com grandes atrasos em virtude das adversidades climáticas.
Até o dia 12 de maio, 28,0% da área prevista 2013/2014 havia sido semeada. O plantio está atrasado 57,0 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
Ainda de acordo com o relatório, 5,0% das lavouras estão em fase de emergência contra 52,0% nesta fase no mesmo período do ciclo passado. Um atraso de 47,0 pontos percentuais.
Considerações finais
A previsão de uma safrinha cheia no Brasil explica a pressão de baixa sobre os preços, em especial no segundo semestre, quando o milho norte-americano é colhido.
As cotações estão em queda no mercado brasileiro, mas encontraram o piso em algumas regiões.
As noticias de atraso no plantio do milho nos Estados Unidos põe o mercado em alerta.
Passada a janela ideal de plantio do milho, a tendência é que o agricultor opte pela soja.