O Oeste baiano possui mais de dois milhões de hectares de grãos. É a segunda maior região produtora, depois de Mato Grosso. A região atrai produtores de outros lugares, mas eles sofrem na hora de escoar a produção, isso porque estão distantes dos portos. E o lucro que poderiam alcançar fica comprometido com o gasto em transportes.
Em torno de 65,0% da soja e 72,0% do algodão do oeste baiano são exportados. As rodovias são a única alternativa para o escoamento da produção. O principal porto é o de Santos, em São Paulo, mas são mais de 1,60 mil quilômetros. O porto mais próximo é o de Salvador, que fica a cerca de 900 quilômetros de distância, mas não possui estrutura para receber a demanda.
Para chegar ao porto de Santos, os produtores usam a BR-020, ou a BR-242, estradas com pista única e sentido duplo. Com as chuvas e com o tráfego intenso de caminhões carregados, as condições ficam ainda piores.
Sem os problemas de logística e infraestrutura, o diretor de Integração, Projeto e Pesquisa da Associação dos Irrigantes da Bahia (Aiba) afirma que daria para economizar pelo menos 30,0% dos custos de produção.
Fonte: Rural BR. Por Wlyssys Wolfang. 12 de junho de 2013.