O presidente da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV), Cláudio Teixeira, disse que o episódio envolvendo fraudes na produção de leite no Brasil, ocorrido em maio, foi superado.
Segundo ele, além das vistorias de rotina do Ministério da Agricultura, a própria indústria reforçou as análises do produto para evitar novos episódios de presença de formol no leite. "Felizmente conseguiram prender os transportadores que estavam fraudando o produto, e não foram detectadas mais fraudes", afirmou.
O executivo explicou que, em fevereiro, a indústria iniciou análises específicas, já feitas pelo Ministério em laboratórios federais, para detectar a presença de folmaldeído e ureia no leite e evitar esse tipo de fraude.
Segundo ele, o escândalo não prejudicou o consumo de leite longa vida, que cresceu 3,9% no primeiro semestre ante igual período do ano passado, para cerca de 3,2 bilhões de litros. "O setor está sempre se aprimorando, desenvolvendo tecnologias de análise para oferecer o melhor produto possível", afirmou Teixeira.
Análise de amostras realizada em janeiro pelo laboratório oficial do Ministério da Agricultura identificou a presença de formol em seis lotes da marca Italac, um lote da Líder e um lote da Mu-mu. A representação do ministério no Rio Grande do Sul e o Ministério Público do Estado (MP-RS) desencadearam então uma investigação, acompanhada pela ABLV, que culminou, em maio, com a Operação Leite Compen$ado, com o cumprimento de nove mandados de prisão e oito de busca e apreensão em três cidades do RS.
À época, a ABVL destacou que os oito lotes foram retirados do mercado, afirmou que o problema, avaliado como pontual, havia ocorrido durante o transporte da matéria-prima (leite cru) e condenou qualquer ação que comprometa os padrões de qualidade do leite.
Fonte: Agência Estado. 21 de agosto de 2013.