Na queda de braço entre produtores e frigoríficos, parece que os primeiros, ao menos dessa vez, levaram a melhor.
Desde a suspensão das exportações de carne bovina para a União Européia (UE), o mercado vinha trabalhando sob forte pressão de baixa. Em algumas regiões, alguns frigoríficos chegaram a derrubar em até R$10,00 as cotações da arroba do boi gordo, de um dia para o outro. Mas as negociações literalmente travaram.
As escalas encolheram para algo entre 2 ou 3 dias. Muitos frigoríficos passaram a pular dias de abate e a trabalhar com capacidade ociosa acima de 50%. Ainda assim, insistiam na baixa. Os produtores, porém, vendendo apenas o estritamente necessário, resistiram à pressão.
Como resultado o mercado voltou a trabalhar em ambiente firme. Em São Paulo, por exemplo, havia frigoríficos que ofertavam ontem, pelo boi gordo, algo entre R$68,00/@ e R$70,00/@, a prazo, para descontar o funrural, de balcão. Hoje reajustaram as ordens de compra para R$72,00/@ ou R$74,00/@, nas mesmas condições, sendo que já foram registrados negócios a R$75,00/@.
A tendência, para outras regiões, também é de alta. (FTR)