Neste começo de abril, o preço do farelo de soja em São Paulo, está 37,4% maior que o de há um ano. Em Goiás, a alta está em 53,8%.
Pode parecer estranho, mas o confinador deve, a partir de agora, se ainda não se preveniu, aproveitar para adquirir o produto.
A tendência é que em dois meses as cotações do farelo subam fortemente.
Historicamente, abril é o mês de menor preço, portanto, o mais indicado para as compras. Veja figura 2.
Este comportamento do mercado é determinado pela curva de produção ao longo do ano, que, por sua vez, é desenhada pelo desenrolar da safra de soja.
Os grandes estados produtores finalizam a colheita em abril e o volume de processamento atinge o pico em maio. Veja na figura 3, como preços e produção de farelo caminham em sentido oposto.
A tabela 1 traz a distribuição do volume mensal de produção ao longo dos anos.
É preciso atenção. Embora em maio o processamento atinja o maior volume do ano, neste mesmo mês, em 2013, em relação a março, o farelo subira 28,0% em São Paulo. Saiu de R$852,00/tonelada para R$1,1 mil/tonelada.
Em 2012 a valorização no período foi de 30,8%.
Ou seja, a possibilidade de ajustes positivos depois de abril, deve ser considerada.
O que pode atenuar a alta do farelo, é que a China, que em 2013 comprou 80% da soja brasileira, cancelou parte das encomendas ao Brasil. Isto certamente pressionará as cotações no mercado interno.
Por fim, em um ano como este, em que os preços dos bovinos para reposição, em especial o boi magro, não param de subir, e de especulações quanto as cotações dos grãos, covém ao confinador se proteger.