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Setor madeireiro – crescimento e risco

por Matheus Zani
Sexta-feira, 26 de setembro de 2014 -17h22

As florestas são geradoras de produtos e serviços para a sociedade que demanda anualmente para os mais diversos fins cerca de 5,8 bilhões de m3 de madeira. Atualmente, no Brasil destaca-se a tendência de uso da madeira de reflorestamento, dentre as quais se inserem o Pinus ssp e Eucalipto ssp graças as suas características de rápido crescimento, bem como a adaptação dessas espécies aos climas tropical e subtropical. A cadeia produtiva da madeira pode ser segmentada em três grandes vertentes, se considerado os distintos usos finais: a cadeia do processamento mecânico, a do papel e celulose e da energia, representada pela lenha e carvão vegetal.


A avaliação do cenário atual no setor madeireiro compreende aspectos relacionados à produção da madeira bruta, como a seleção de espécies, produção de mudas e manejo florestal e, ainda, o destino dado à madeira produzida. A produtividade em terras brasileiras é muito superior que as de países setentrionais como observado na figura 1. 



A figura 2 ilustra a evolução da área plantada com eucalipto no país, apesar do crescimento linear, nota-se que houve uma redução na taxa de crescimento após a crise financeira internacional de 2008, em virtude da retração da demanda e estreitamento da margem das empresas siderúrgicas nacionais e internacionais. E agora passados seis anos o sinal amarelo voltou a acender, apontando maior cautela nos investimentos, em razão ao futuro de incerteza que prevalece no país. 



Com o intuito de reduzir os riscos provenientes da própria atividade florestal (clima, doenças, pragas, processos, etc) e de mercado (custo de oportunidade), o empresariado se vê obrigado a adotar processos que maximizem o aproveitamento do material e, ainda, buscar mudar o portfólio de mercados que atuam, alterando a exposição no mercado interno para produtos e mercados internacionais que já demonstram sinais de avanço no consumo. Tal fato implica na necessidade de estudos de melhorias das técnicas e de equipamentos de processamento do material e, por fim, no estudo da viabilidade de destino dos resíduos do setor madeireiro.


Fonte: AgroTVM. Por Matheus Zani. 27 de agosto de 2014.