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Carta Grãos - Milho e soja: semana de relatórios

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 19 de dezembro de 2014 -13h07

Na semana passada a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgaram as estimativas de produção brasileira e mundial de grãos. 


No Brasil, a área plantada com soja em 2014/2015 foi estimada em 31,7 milhões de hectares, um crescimento de 4,9% em relação à safra passada.


A produção nacional está estimada em 95,8 milhões de toneladas de soja, frente as 86,1 milhões de toneladas colhidas em 2013/14. O plantio está concluído no Mato Grosso e no Paraná.


Com relação ao milho de primeira de safra, a área diminuiu em 2014/2015, em relação à safra passada. A cultura vem perdendo espaço para a soja no plantio de verão.


A CONAB estima uma área de 6,18 milhões de hectares nesta temporada, 6,6% menos frente ao semeado na safra de verão 2013/2014.


A produção está estimada em 29,3 milhões de toneladas de milho (primeira safra). Em 2013/2014 foram colhidas 31,7 milhões de toneladas do grão.


Apesar dos estoques elevados, a expectativa de redução da área plantada na primeira safra e na safrinha/ segunda safra, diminuem a pressão de baixa no mercado brasileiro.


Já nos Estados Unidos, a produção de milho (2014/2015) continua estimada em 366,0 milhões de toneladas no relatório de dezembro. A colheita da safra 2014/2015 foi concluída.


Na safra anterior os Estados Unidos colheram 353,7 milhões de toneladas.


Com relação à soja, a produção norte-americana foi estimada em 107,7 milhões de toneladas, mesmo volume estimado no relatório anterior.


Os Estados Unidos colheram 91,4 milhões de soja em 2013/2014.


Considerações finais


As estimativas de uma boa safra no Brasil e Estados Unidos aliviam a pressão de alta que vinha se sustentando em especial no caso da soja.


No Brasil, o dólar valorizado em relação ao real contribui para preços maiores nos portos.


A movimentação, no entanto, deverá ser menor neste final de ano, período em que é normal a desaceleração dos negócios.


Com relação ao milho, o cenário é de preços andando de lado no mercado brasileiro.


Os estoques de passagem estão elevados, por outro lado, a expectativa é de uma menor produção, tanto na primeira safra como na segunda safra ou safrinha.