No relatório de junho, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) revisou para cima a área plantada e a produção de segunda safra.
A área está estimada em 9,33 milhões de hectares, frente aos 9,21 milhões de hectares estimados anteriormente, em maio. Na comparação com a temporada passada, a área aumentou 1,3%.
A produção esperada é de 49,38 milhões de toneladas na segunda safra, frente as 48,40 milhões de toneladas colhidas em 2013/2014. O volume está próximo do previsto inicialmente, em janeiro.
De lá para cá, os números foram revisados mensalmente (para cima e para baixo), influenciados pelos atrasos no plantio e por questões climáticas. Veja a figura 1.
Com relação aos preços, a colheita começou e o aumento da disponibilidade interna, somado aos estoques elevados e à baixa liquidez, manteve a pressão de baixa sobre as cotações.
Porém, a queda foi menor em junho.
A preocupação é com o mercado internacional, em especial com os Estados Unidos. As chuvas deste mês afetaram negativamente as lavouras em importantes regiões produtoras.
Até o dia 14 de junho, 73,0% das lavouras norte-americanas estavam em boa ou excelente condições, 22,0% em condições medianas e 5,0% em condições ruim ou muito ruim.
Na semana anterior, 74,0% das lavouras estavam em condições boa ou excelente e na safra passada (2014/2015), neste mesmo período, 76,0% das lavouras estavam nestas condições.
Além do desenrolar da safra norte-americana, a atenção é com relação ao câmbio e as exportações brasileiras, que devem colaborar com o escoamento da produção no segundo semestre.