Depois de forte oscilação na quinta-feira (24/9), o dólar comercial operou em baixa, na manhã de sexta-feira (25/9). Às 9h19, o dólar estava cotado a R$3,89, chegou a R$3,93, por volta de 9h40 e às 10h estava em R$3,91. Por volta das 10h50, o Banco Central (BC) anunciou mais um leilão de swap cambial (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro) de até 20 mil contratos. Nesse horário, o dólar voltou a R$4,00. Na quinta-feira, a moeda chegou a R$4,25 na máxima do dia, por volta das 10h30, mas fechou cotada a R$3,99.
A cotação passou a cair depois que o presidente do BC, Alexandre Tombini, não descartou a possibilidade de venda de dólares das reservas internacionais, no mercado à vista.
"Todos os instrumentos estão no raio de ação do Banco Central caso seja necessário", disse Tombini, que participou, pela primeira vez, do início da coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado ontem. A venda de dólares das reservas internacionais não é feita desde fevereiro de 2009.
Ontem, a autoridade monetária renovou integralmente 9,4 mil contratos de swap cambial que venceriam em outubro e leiloou 20 mil (US$1,00 bilhão) novos contratos com vencimento em 1º de setembro de 2016.
Para hoje, o BC faz mais um leilão de swap, também de US$1,00 bilhão, além de rolagem (renovação) de contratos. O BC também atua hoje com um leilão de venda de até US$1,00 bilhão das reservas, com compromisso de recompra em janeiro de 2016.
As reservas internacionais funcionam como um instrumento de segurança para o país em caso de crise no mercado de câmbio. Normalmente, o BC evita vender diretamente recursos das reservas para não comprometer esse mecanismo de proteção, preferindo operações no mercado futuro, como os swaps cambiais, que transferem a demanda pela moeda norte-americana do presente para o futuro. Em caso de turbulência severa, no entanto, a autoridade monetária pode lançar mão das reservas cambiais.
Fonte: Cepea. 25 de setembro de 2015.