O agronegócio é o único segmento que deve ter uma perspectiva um pouco melhor para 2016. Segundo o economista e coordenador de planejamento da OCEPAR, Anderson Helpa, as cooperativas voltadas à exportação, apesar de enfrentarem custos maiores, devem ser parcialmente compensadas pelo câmbio favorável. As cooperativas voltadas para o mercado interno e varejo serão mais afetadas pela retração econômica. Ele destacou que a soja teve uma queda de 40,0% no mercado internacional entre maio e setembro de 2015, mas o produtor deve ter compensação com o câmbio.
A suinocultura e a avicultura devem seguir a mesma dinâmica deste ano. De acordo com ele, o ano de El Niño, normalmente, é de safra cheia nos Estados Unidos e na América do Sul, o que pode trazer bons resultados para a agricultura paranaense. Não deve ocorrer diminuição dos investimentos das cooperativas que devem ser de R$2,80 bilhões em 2016 contra R$2,30 bilhões em 2015. No Brasil, 45,0% da safra já foi comercializada e, no Paraná, 35%.
Para a indústria, o horizonte está nebuloso em 2016, segundo o coordenador do Departamento Econômico da FIEP, Maurílio Schmitt. Ele preferiu não arriscar um número para a produção industrial em 2016. Segundo ele, o setor foi muito prejudicado com o aumento do ICMS no Estado que tirou o dinamismo da atividade econômica. Isso vem provocando um deslocamento de investimentos das indústrias para outros estados. "O governo optou por deprimir a atividade econômica para recompor a receita", disse.
Fonte: Folha Web. 27 de novembro de 2015.