O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) informou na sexta-feira (4/12) que uma missão japonesa virá ao Brasil para visitar três estabelecimentos produtores de carne bovina termoprocessada, cortes submetidos a tratamento com o uso de calor, como, por exemplo, embutidos cozidos, vísceras cozidas, carne cozida congelada e carnes em conserva.
Na sexta-feira, o Japão reabriu seu mercado a produtos cárneos termoprocessados brasileiros de origem bovina, suína, ovina e caprina (carne cozida congelada, conservas, extrato de carne, vísceras cozidas e embutidos). Com isso, o Brasil pode exportar esses produtos para aquele país.
A reabertura foi anunciada em Tóquio, durante reunião entre a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do MAPA, Tatiana Palermo, e o vice-ministro para Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (Maff), Hiromitsu Matsushima.
Desde 2012, o Japão mantinha o embargo ao produto brasileiro por causa de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como "doença da vaca louca", no Paraná.
A missão sanitária japonesa visitará nesta semana, de segunda (7/12) a sexta-feira (11/12), duas plantas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul, a fim de liberar as exportações.
De acordo com a secretaria de Defesa Agropecuária, os técnicos do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão vêm avaliar os controles brasileiros de produção e certificação de produtos cárneos termoprocessados.
Na mesma linha de negociação sanitária bilateral, o Brasil enviará uma missão técnica para avaliar cinco estabelecimentos de abate bovino no Japão. O país asiático tem interesse em exportar para o mercado brasileiro de carne in natura, principalmente animais da raça Wagyu, também conhecida como Kobe beef. Os técnicos do MAPA cumprirão um roteiro nas cidades de Miyazaki, Kagoshima e Kumamoto, entre os dias 7 e 18 deste mês.
As duas missões veterinárias fazem parte das negociações sanitárias em andamento entre Brasil e Japão. Para abertura efetiva dos mercados é necessária, ainda, a definição dos requisitos sanitários de produção e modelos de certificados sanitários internacionais a serem utilizados pelos dois países para, em seguida, assinar os acordos.
A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) esteve no Japão em julho deste ano para negociar a ampliação do mercado japonês para os produtos do agronegócio brasileiro. Em sua visita, ela tratou sobre trocas comerciais na área de carne bovina.
Fonte: MAPA. 7 de dezembro de 2015.