Caminhando em meio à lavoura de soja, o jornalista João Batista Olivi alerta para a situação das plantas que estão morrendo no Norte do Mato Grosso. Sofrendo com a falta de chuva, as plantações estão secando e com poucas chances de recuperação.
Em uma das regiões com maior produção de soja do país, as lavouras não se desenvolvem bem e as perspectivas de quebra aumentam a cada dia. De acordo com o último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) a produtividade na safra 2015/16 pode atingir o menor rendimento desde a temporada 2012/13. Com 50,8 sacas por hectare, a produção pode reduzir em 1 milhão de toneladas.
Na região de Sinop (MT) há registro de áreas extensas de lavouras mortas, pela falta de chuvas. Em algumas localidades não chove a mais de 40 dias e o estresse hídrico impede que as plantas de desenvolvam. Segundo Olivi a situação é grave e as plantas precisariam de um grande volume de chuvas para recuperar o potencial produtivo.
De acordo com o vice-presidente do sindicato rural, Leonildo Barei, em algumas localidades, mesmo que as precipitações retornem, as lavouras só conseguiram expressar 30,0% do potencial produtivo.
"Se não chover nos próximos cinco dias o pé vai morrer e será perca total, agora se chover, as plantas só vão recuperar 30,0%, já não tem como produzir 100,0%", ressalta Barei explicando que boa parte das lavouras já estão na fase reprodutiva, por isso o restabelecimento é mais complicado.
As previsões climáticas indicam que as chuvas só retornaram para a região na última semana de dezembro, e a preocupação agora é se a soja terá condições de se manter durante esse período.
Preocupados com a situação, muitos produtores do Norte de Mato Grosso já começaram acionar o seguro rural devido à quebra da safra de soja, obrigados pelo fraco desempenho das chuvas que incidiu diretamente na produção e qualidade do grão.
Fonte: Notícias Agrícolas. 16 de dezembro de 2015.