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Ação cobra R$71 milhões por danos com naufrágio de navio no Pará

Segunda-feira, 4 de janeiro de 2016 -14h00


O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), o Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA), a Procuradoria Geral do Estado e a Defensoria Pública do Estado ajuizaram na Justiça Federal, em Belém, uma ação civil pública em que pedem um valor mínimo de R$71,0 milhões em indenizações pelos danos sociais e ambientais provocados pelo naufrágio do navio Haidar, em Barcarena, que transportava cerca de 5 mil bois vivos destinados à exportação.


Segundo o MPF/PA, 3,9 mil carcaças permanecem até agora na embarcação, adernada no porto de Vila do Conde, contaminando a água. Além da indenização, a ação determina que uma solução definitiva para o problema seja apresentada em, no máximo, 48 horas.


"A demora na retirada do óleo e das carcaças foi uma opção deliberada da empresa de salvatagem (contratada pelos donos da carga e do navio)", diz a ação judicial, conforme informações do MPF/PA. "Resta clara a opção preponderantemente econômica de manter a integridade do navio em detrimento do meio ambiente, porque passados muito mais de dois meses do acidente (que ocorreu no dia 6 de outubro), as carcaças do deque inferior continuam mergulhadas no rio Pará".


Conforme o MPF/PA, são réus na ação os donos do Haidar (Husei Sleiman e Tamara Shiping), a Minerva Foods, dona da carga de bois vivos, a Global Agência Marítima e a Norte Trading Operadora Portuária, responsáveis pelo embarque dos bois, e a Companhia Docas do Pará, dona do porto de Vila do Conde. Além da contaminação e dos extensos prejuízos sociais e ambientais, eles são acusados de crueldade e maus-tratos com os animais.


Fonte: Valor Econômico. 18 de dezembro de 2015.