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Brasil quer 90,0% dos produtos argentinos com taxa zero de importação

Quinta-feira, 28 de janeiro de 2016 -05h58

A ministra da Agricultura Kátia Abreu, afirma que as exportações podem tirar o Brasil do buraco econômico, mas que o país precisa ser “ambicioso e agressivo” ao acabar com a proteção contra concorrência externa. A ex-senadora sustenta que “o Mercosul nos atrapalhou”, porque o governo Kirchner tinha dificuldade de atingir os percentuais necessários “para que a gente fechasse o acordo União Europeia-Mercosul”.


“A presidente Dilma determinou que o chanceler Mauro Vieira vá à Argentina para tentar que o governo Mauricio Macri feche uma lista de 90,0% de seus produtos com tarifa de importação zero para fazermos a troca de ofertas. Para o governo brasileiro, esse acordo precisa ser priorizado não só pela questão econômica. Ele significa a credibilidade do Mercosul, a revitalização do Mercosul, ou não”, declarou Katia ao jornal Folha de SP.


A ministra afirma ter “muitas esperanças” com o novo governo argentino. “A coisa que mais preocupa um fazendeiro é quando ele está isolado e os fazendeiros em volta estão ficando pobres. Região rica é onde todo mundo está bem”, ilustra.


Segundo Katia, a presidente Dilma quer focar nos mercados da União Europeia, Oriente Médio, Índia, Tailândia, Indonésia e Filipinas. “Mas não é uma escolha e uma exclusão, a presidente mencionou países onde teremos menos dificuldades de negociar junto com o Mercosul”, explicou.


“Mas continuaremos insistindo na aproximação com os EUA e tentando um acordo de preferências tarifárias da China com o Mercosul. Fechamos 2015 com US$ 1,9 bilhão a mais com a abertura de novos mercados por meio de acordos feitos pelo Ministério da Agricultura. Em 2016 serão US$2,50 bilhões a mais só com carne, frutas e lácteos”, conclui.


Fonte: Agrolink. 27 de janeiro de 2016.