A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) classificou como um "grande equívoco" a intenção do governo de tributar as exportações do agronegócio. A taxação ocorreria por meio da revogação da isenção da contribuição previdenciária, que hoje vigora para os produtores que exportam o total ou parte de sua produção. Mais cedo, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) também repudiou a ideia.
"Não é admissível extrair recursos adicionais da sociedade e da produção para aumentar o financiamento de um sistema que está errado (o Previdenciário) e não se sustentará no tempo", criticou a CNA, em nota.
Para a entidade, a economia só voltará a crescer se apostar no investimento privado e no aumento das exportações: "Trata-se de um verdadeiro ataque contra um setor que foi o principal motor dos anos de crescimento e sustenta, mesmo na crise, o equilíbrio de nossas contas externas".
O presidente da FPA, o deputado Marcos Montes (PSD-MG), disse que os parlamentares estão mobilizados e que pronunciamentos devem ser feitos no plenário, criticando a medida.
"O governo vai jogar na praça qualquer coisa que possa melhorar a arrecadação. O que colar, fica. O que tiver contestação comprovada, acredito eu, não deve ficar", disse. "Tenho certeza de que o bom senso vai prevalecer", afirmou.
Fonte: Estadão Conteúdo. 4 de fevereiro de 2016.