As exportações de milho em volumes recordes nos últimos meses e o bom ritmo atual reduzem a disponibilidade interna. Ao mesmo tempo, a demanda no País segue firme, mantendo os preços do cereal em alta, principalmente nas regiões compradoras líquidas, como São Paulo. Segundo a CONAB, o estoque de passagem no final de janeiro (safra 2014/15) foi de 10,54 milhões de toneladas.
Em fevereiro, 5,37 milhões de toneladas foram exportadas e, nas duas primeiras semanas de março, mais 1,18 milhão de toneladas, somando, portanto, 6,55 milhões de toneladas (números da SECEX). O estoque disponível, então, teria baixado para cerca de 4,00 milhões de toneladas apenas.
Com base na estimativa da CONAB de que o consumo seja de 58,32 milhões de toneladas no ano safra 2015/16, a média mensal brasileira seria de 4,86 milhões de toneladas, ou seja, os estoques atuais não seriam suficientes nem para um mês.
A colheita de verão 2015/16 avança em todas as regiões produtoras, mas a CONAB estima produção de 28,27 milhões de toneladas, o que significa 6,1% a menos que na temporada anterior.
Fonte: Cepea. 21 de março de 2016.