Apenas a agricultura apresentará resultado positivo no Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, de acordo com a abertura do relatório de mercado Focus. Segundo o documento, a atividade doméstica apresentará um recuo de 3,73% este ano ante projeção anterior de queda de 3,66%.
No período, o setor rural avançará 1,59%, conforme cálculos dos analistas do setor privado. A expectativa desses profissionais é a de que o setor de serviços mostre uma retração de 2,74% este ano - a anterior era de 2,72% - e a indústria recue 5,06%, um tombo maior do que o previsto no documento passado, de -4,88%.
Para 2017, a previsão mediana no boletim Focus para o PIB, que recuou de leve alta de 0,35% para 0,30%, embute a perspectiva de alta de 2,00% do setor agrícola (a mesma da semana passada); de queda de 1,50% da indústria (que também foi mantida como no levantamento anterior) e de estabilidade do setor de serviços - até a edição anterior, contava-se com uma contribuição positiva dessa área; no último boletim estava em +0,18%.
Retração
Mesmo após uma expressiva revisão nas estimativas por parte do Banco Central (BC), a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano - revisada de 1,9% para retração de 3 50% - não conseguiu se equiparar à projeção pessimista dos analistas do setor privado.
O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (4/4), pelo BC, aponta que a mediana das estimativas para o PIB de 2016 passou de uma retração de 3,66% para queda de 3,73% - um mês atrás estava em -3,50%. Para 2017, a previsão ainda é de alta da atividade, mas cada vez menor, já que passou de 0,35% para 0,30% (quatro semanas antes estava em 0,50%).
As perspectivas também são mais pessimistas em relação à produção industrial. Após duas semanas consecutivas de melhora do indicador, a mediana das estimativas do mercado saiu de queda de 4,40% para recuo de 5,80% - um mês atrás, estava em -4,50%. Para 2017, a previsão ainda continua no terreno positivo, em 0 69% - estava em 0,85% na semana passada e em 0,57% quatro semanas antes.
Fonte: Estadão Conteúdo. 04 de abril de 2016.