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Boletim Focus: mercado espera menos inflação e retração maior do PIB neste ano

Terça-feira, 3 de maio de 2016 -05h25

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever menos inflação para este ano, assim como uma retração mais acentuada do nível de atividade, segundo pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada e divulgada na segunda-feira dia 2. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.


Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016, a previsão dos economistas do mercado financeiro recuou de 6,98% para 6,94%. Foi a oitava queda seguida do indicador.


Apesar da queda, a previsão de inflação do mercado para este ano ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para este ano.


Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação também melhorou, passando de 5,8% para 5,7%. Com isso, permanece abaixo do teto de 6,0% - fixado para 2017 - mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.


A autoridade monetária tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%) e, também, fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017.


No caso do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano, o mercado passou a prever uma contração de 3,89% para este ano, contra a estimativa anterior de um "encolhimento" de 3,88%. Essa foi a décima quinta piora seguida neste indicador.


Se a expectativa dos analistas se confirmar, a situação da economia brasileira terá piora frente à retração registrada no ano passado, que foi de 3,8%, e o PIB terá o maior "tombo" desde 1990 - quando recuou 4,4% - ou seja, em 26 anos.


Com a previsão de um novo "encolhimento" do PIB neste ano, essa também será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.


Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras subiram a previsão de alta de 0,30% para 0,40%. Foi a segunda semana seguida de melhora deste indicador.


O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.


Fonte: G1. 2 de maio de 2016.