De acordo com o balanço sobre o mercado de carnes realizado pela Scot Consultoria, a inflação medida pelo IPCA, índice oficial do país, entre maio de 2016 e maio de 2017 acumula alta de 4,3%. Na primeira semana de junho, a carne no varejo tinha subido 4,6%.
Ou seja, o fôlego do mercado foi suficiente somente para acompanhar a inflação e preservar o poder de compra do varejista. Isso quer dizer que, por meio da situação da venda de carnes, os empresários do varejo não estão ganhando mais do que em 2016. Já com os frigoríficos, este elo, reajustou seus preços exatamente iguais à variação do IPCA.
Em uma pesquisa rápida com algumas indústrias a Scot Consultoria indica que, até o começo deste mês, os abates estavam muito iguais aos de 2016. Mas naquele ano já haviam caído entre 10,0% e 20,0% frente a 2015. Salvo alguma variação no peso de carcaça, temos praticamente o mesmo volume de carne no mercado este ano.
Redução das exportações
É certo que as exportações caíram, aumentando um pouco a oferta no mercado interno em 2017. Mas, só 20,0% da produção é exportada. Reduzimos, em carne in natura, 5,0% os embarques até maio. Ou seja, aumentou em cerca de 1,0% o volume que voltou para os açougues e supermercados do país. Nada significativo.
Segundo a Scot Consultoria, em comparação com 2016, a quantidade de carne produzida neste ano e os preços são muito parecidos. “Apesar da melhora destes indicadores, o mercado de carne comporta-se ainda como se fosse ano de crise”, diz a consultoria. A Scot Consultoria ainda afirma que somente o fato de atingir a marca de 14 milhões de desempregados este ano, confrontado com a teoria da elasticidade renda, deixa claro que a venda de carne ainda não se recuperou.
Por: SF Agro.
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