Novos focos de gripe aviária surgiram na Europa e na Ásia, aumentando a apreensão dos Governos sobre uma possível pandemia. Até o presente momento, só existe um remédio comprovadamente eficaz contra a gripe, o Tamiflu, do laboratório Roche, e a produção não é suficiente para atender a demanda.
A Hungria anunciou o desenvolvimento de uma vacina que pode ser utilizada tanto em humanos quanto em animais. Os testes ainda não foram concluídos, entretanto as pessoas vacinadas apresentaram anticorpos contra o vírus H5N1, responsável pelas mortes na Ásia. Como o vírus ainda não apresentou a mutação necessária para ser transmitido entre pessoas, não é possível desenvolver vacinas para combater essa cepa.
O Brasil também já destina esforços para produzir a vacina, depois de destinar verba para o Instituto Butantan realizar as pesquisas. Enquanto isso não acontece, já foi feito o pedido do remédio Tamiflu. Paralelamente, a Austrália, os Estados Unidos, a Alemanha, a França e o Reino Unido estão pesquisando vacinas eficazes.
A preocupação atual seria o surgimento de casos no continente Africano, onde não existem medidas de controle suficientemente eficazes para conter a doença. Dessa forma, uma vez que o vírus se espalhe na região, pode ocorrer a disseminação através de aves migratórias para todo o globo.
Apenas para esclarecimento, a “gripe aviária” não atinge somente frangos, erro de conceito que pode ocorrer com a nomenclatura “gripe do frango”. As aves mais atingidas são as silvestres e as criadas em condições mais precárias, devido em grande parte ao controle realizado nas granjas. Os focos recentes na Europa foram identificados, em sua maioria, em patos e gansos. (LMA)