Rafael Ribeiro, zootecnista da Scot Consultoria, destaca que, depois de quatro meses de alta, o valor médio pago ao produtor de leite ficou em R$1,17 e, apesar da queda, o valor é 5,8% maior do que no ano passado.
Houve um aumento na produção do Sul do país, em função de um custo de produção menor e pastagens de inverno implantadas de forma mais tardia. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás também registraram aumento, mas com a pastagem já secando, essa oferta deve cair, enquanto a oferta do Sul continua até agosto.
De curto a médio prazo, o tom do mercado é de queda. 61% das empresas ouvidas pela Scot Consultoria falam em queda do preço de leite para o produtor.
Por sua vez, a demanda segue em queda. O mês de julho ainda enfrenta o agravante das férias escolares. Muitas indústrias já falam em estoque de queijos neste momento. O consumo de leite longa vida anda de lado desde meados de abril, com dificuldades de repasse de preços.
O que vem segurando as margens do produtor é que o custo de produção está 13% menor em relação ao ano passado.
Ribeiro aconselha os produtores a seguir acompanhando mercado e trabalhar os custos para o segundo semestre, que ainda deve trazer essa pressão de baixa.
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