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Carta Grãos - Exportação aquecida e mercado do milho firme no segundo semestre

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 18 de agosto de 2017 -14h00

 


A colheita de segunda safra (2016/2017) está na reta final nas principais regiões produtoras.


Em Mato Grosso, 98,4% da área fora colhida até meados de agosto (Imea). No Paraná, até o dia 14 de agosto, 81,0% da área havia sido colhida (Deral).


A cotação, em função do aumento da oferta, caiu na primeira quinzena de agosto, porém, a intensidade da queda foi menor, comparativamente com os meses anteriores. O melhor desempenho da exportação limitou os recuos no mercado interno.


Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos está cotada em R$25,00, para a entrega imediata, sem o frete.


A cotação caiu em média 1,9% em agosto, em relação a média de julho. A queda em junho e julho foram, respectivamente, de 5% e 2,1%, na comparação mês a mês. Veja a figura 1.



Exportação


A exportação foi de 1,77 milhão de toneladas na segunda semana de agosto, o equivalente a 196,25 mil toneladas por dia (MDIC).


O volume diário foi 77,4% maior que a média embarcada em julho último. Na comparação com agosto de 2016 as exportações cresceram 76,0%.


Se este ritmo continuar, a expectativa é de que a exportação seja de 4,51 milhões de toneladas em agosto. 


A competitividade do milho brasileiro no mercado internacional tem sido o principal fator de aumento dos embarques. A cotação média despencou de US$175,00 por tonelada no começo deste ano, para US$155,48 por tonelada na primeira semana de agosto.


Mercado futuro


A expectativa é de cotações firmes a partir de agora, em função da exportação, que deverá aumentar nos próximos meses.


Na B3, antiga BM&F/Bovespa, os contratos com vencimento em setembro/17 ficaram cotados em R$28,24 por saca; o de novembro/17 em R$29,15 por saca e o janeiro/18 em R$30,75 por saca, sinalizando alta de preços neste segundo semestre e começo de 2018.


De qualquer maneira, essas cotações estão abaixo do verificado no mesmo período do ano passado (figura 2).



Considerações finais



Para o agricultor que não comercializou a safra 2016/2017, os próximos meses podem ser de oportunidades.


O mercado futuro sinaliza uma alta de 23,0% até o começo de 2018.


Para o pecuarista que ainda não comprou o alimento concentrado para o segundo giro do confinamento a sugestão é de compra, já que a cotação deverá subir neste segundo semestre.


A cotação do dólar firme em relação ao real é um fator que deverá manter a exportação aquecida.